Westworld

 
No livro de ficção científica "Eu, Robô", de Isaac Asimov, 3 Leis da Robótica foram criadas como condição de coexistência entre robôs e humanos:
1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe forem dadas pelos humanos, exceto quando estas ordens contrariarem a Primeira Lei.
3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que isso não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Agora imagine um futuro onde há um famoso parque de diversões em que, num cenário de filmes do Velho Oeste, androides são programados para atenderem à todas as vontades de seus visitantes, mas algo inexplicável ocorre e as leis da robótica passam a ser ignoradas.


Desenvolvida por Jonathan Nolan e Lisa Joy, e transmitida pela emissora HBO desde 2 de outubro de 2016, a série Westworld chamou a atenção do público por trazer uma história interessante, complexa e aprofundada em seus personagens, batendo recordes de audiência. Mas foi bem antes de se tornar a série de grande sucesso da HBO, mais precisamente em 1973, que um filme de mesmo nome foi um dos grandes sucessos cinematográficos da MGM. Numa época em que as pessoas tinham pouquíssimo acesso a computadores e eram pouco habituadas aos conceitos de programação e inteligência artificial, quando pesquisadores falavam sobre máquinas de calcular capazes de realizar ações de pensamento, isso soava de forma surpreendente e bastante enigmática. Nesse panorama, o medo do domínio da máquina sobre o homem, passava a integrar de forma mais presente o enredo das obras de cinema e TV. Assim se deu a origem de Westworld.


Escrito e dirigido por Michael Crichton, o filme de 1973 trazia o ator Yul Brynner (rosto conhecido de alguns clássicos do Faroeste) como um androide em um parque com temática do Velho Oeste, e Richard Benjamin e James Brolin como convidados do parque. O filme foi o primeiro longa-metragem a usar o processamento digital de imagem, pixelizando a fotografia para simular a visão dos androides.


Em 1976 Westworld receberia uma continuação, o filme Futureworld, dirigido por Richard T. Heffron e escrito por George Schenck e Mayo Simon. O filme foi estrelado por Peter Fonda, Blythe Danner, Arthur Hill, Stuart Margolin, John Ryan e Yul Brynner, que dessa vez faz uma curta aparição. Na nova trama, devido ao seu fracasso, a corporação responsável pelo parque de diversões Delos teve prejuízos enormes e grande perda de credibilidade, mas investiu um bilhão e meio de dólares para refazer todo o centro. O repórter Chuck Browning e Tracy Ballard, uma entrevistadora de enorme popularidade, são convidados a fazerem uma reportagem para que atestem a segurança do lugar. Porém logo os jornalistas desconfiam que há algo muito estranho ocorrendo no local.


Mas seria exibida em 1980 uma série de TV que traria o parque temático de caubóis de volta à cena pelas mãos novamente de Michael Crichton. Seu nome era "Beyond Westworld" que em sua trama ignorava a sequência de 1976 e girava seu enredo em torno do chefe de segurança  da corporação Delos, John Moore, contra um cientista do mal que planejava usar os robôs de Delos para dominar o mundo.


Apesar das produções anteriores serem bastante datadas, principalmente pelos efeitos especiais de suas épocas, a série Westworld de 2016 parece beber de inspiração em todas elas, logicamente dando um nova e moderna leitura numa distopia recheada de reviravoltas e com muito mais foco na dramatização e "humanização" da inteligência artificial. Tudo isso com belos efeitos e visual impecável.


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