O ano é 2267. O ecossistema da Terra foi destruído e a humanidade passou a viver em estações espaciais. A jovem médica Laura Portmann (Anna Katharina Schwabroh) aceita trabalhar como oficial médica na nave de carga "Kassandra" em viagem de 8 anos à "Estação 42" no espaço longínquo, tudo para conseguir dinheiro para viajar à "Rhea". "Rhea" é o novo planeta da raça humana, um lugar paradisíaco como a Terra foi no passado. Sua irmã vive lá com os filhos e se comunica com ela periodicamente, em longos intervalos de tempo devido à distância da transmissão.
Grande parte da viagem de trabalho da nave "Kassandra" será em câmaras criogênicas e seus tripulantes serão acordados em turnos mensais. Mas durante seu turno, Laura começa a perceber que não está sozinha e então acorda o resto da tripulação.
Esta é a primeira produção de ficção científica produzida pela Suíça e temos semelhanças iniciais com filmes como "Alien" ou "Pandorum", mas o filme esconde uma série de fatos que não podem ser revelados numa sinopse e que o difereciam bastante. Apesar das enormes dificuldades de espaço para gravações e de não ter um orçamento de Hollywood (apenas com verba de apoio do governo), "Cargo" não conta com cenários modestos e usa de bem cuidados efeitos especiais.
Em entrevista para o site SwissMadeVFX o novato diretor Ivan Engler disse que as maiores influências para o filme foram "Blade Runner" e "Alien" e que é fã de Michelangelo Antonioni e Andrei Tarkovsky por serem mestres em criar estados de espírito e definir tons especiais. Disse também que é fã de filmes de animação japoneses como "Ghost in the Shell" e "Akira". E de Stanley Kubrick e James Cameron.
O diretor afirmou que o projeto exigiu tudo dele e de seu produtor, fisicamente, emocionalmente e monetariamente. E que chegaram a ter que interromper tudo quando descobriram que o edifício da fábrica onde montaram o estúdio não era estável o suficiente para manter todos os sets. Usaram o dinheiro de seus próprios bolsos pra manter o projeto vivo e somente dois anos mais tarde, começando do zero, trazê-lo de volta.
"O estresse foi tão grande que perdi cerca de 10 quilos em um ano. Estávamos tão extremamente limitados no orçamento e eu tinha que cumprir muitas tarefas. Por exemplo, tive que criar, animar, testar e editar todas as pré-visualisações para todos os CGI 3D e composições de fotografia, enquanto reescrevia o roteiro, escolhia os atores, trabalhando no desenho de produção com Matthias Noger, escrevia e preparava os dossiês para o financiamento e, é claro, isso tudo ao lado de todos os meus trabalhos comerciais que não só pagam minhas contas, mas também pagaram muitas contas do filme. Por vários meses trabalhei 20 horas todos os dias. Retrospectivamente eu realmente não sei como consegui fazer tudo isso. Só sei que não foi muito divertido e eu nunca mais quero fazer isso de novo. Claro que fez "Cargo" possível, mas e o preço que tive que pagar por isso no lado emocional e físico - valeu a pena? O que me manteve, no entanto, era a fome de contar esta história. A fome de ir para os meus sonhos. É uma fascinante fome, mas pode ser muito perigosa, às vezes." Diz o diretor.
O filme, sem dúvida, abre portas para o cinema Suíço e para o diretor produzir novos trabalhos de sci-fi (seu gênero preferido), só que agora com um bom cartão de visitas para Hollywood e a grande indústria do cinema internacional.
Região: 4 Sistema: NTSC Áudio: Alemão, português Legendas: Português Formato: widescreen |
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